Quem é policial sabe que cada dia de trabalho pode representar o último dia de vida. Com a violência aumentando nas grandes e pequenas metrópoles, estes profissionais acabam virando alvo de traficantes e outros criminosos. O resultado disso é o medo e o estresse, que cada vez mais vem tomando conta de quem atua nesse segmento. Uma pesquisa realizada pelo site norte-americano, Business Insider, aponta essa como uma das 20 profissões mais estressantes – o que corrobora toda essa análise.
Mortes de policiais são noticiadas a todo o momento e em todo o país. “Isso faz com que eles se sintam pressionados e se encontrem em situação de vigília constante. Essa sensação de medo iminente e de autodefesa constante pode trazer prejuízos sérios à saúde mental destes agentes de segurança pública, podendo até chegar ao ápice do adoecimento e afastamento das atividades junto à corporação”, afirma a psicanalista e diretora do NitidaMente Instituto, Shirley Moraes.
Além de temerem pela própria vida, alguns policiais têm medo por causa da segurança de seus familiares. “O medo é importante em todo o ser humano. É o medo que faz com que evitemos situações de perigo, fazendo com que nós busquemos proteção. Mas, quando este sentimento é constante, ele deixa de ser um mecanismo de defesa do nosso organismo e passa a ser um ataque ao nosso emocional”, esclarece.
O ideal, ainda segundo ela, é que tanto esses profissionais, quanto os de outras áreas que atuam sob regime de estresse contínuo, busquem ajuda de profissionais ligados à saúde mental. “É preciso deixar o preconceito de lado e procurar auxílio de especialistas, para evitar danos maiores”, conclui.
Estudo aponta que uma em cada três mulheres enfrentam esse problema em relacionamentos
Uma palavra pode machucar e causar feridas talvez mais graves do que um tapa. Quando elas são usadas inúmeras vezes, com o intuito de ofender, humilhar e magoar a parceira, podem gerar desgastes emocionais severos à saúde mental das pessoas, sobretudo às mulheres, que de acordo com a psicanalista, Shirley Moraes, estão mais vulneráveis ao assédio moral nos relacionamentos. O grande problema, ainda de acordo com a especialista, é que essas agressões são tão silenciosas que quando a vítima se dá conta já é tarde demais para dirimir os danos causados.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta de que uma em cada três mulheres é vítima desse tipo de violência doméstica, em todo o planeta. “Essas agressões podem ser representadas de inúmeras formas: desde gritos para inibir ou coibir determinadas práticas ou atitudes da parceira, ridicularizarão em público, críticas, ameaças, dentre outras”, afirma a especialista, que dirige o NitidaMente Instituto.
Em geral, as mulheres que sofrem desse tipo de assédio costumam se calar perante as agressões ou naturalizá-las. Os indícios são depressão e autoestima baixa, daí a importância dos amigos e familiares para detectarem mudanças de comportamento e aconselhar essas pessoas a buscarem auxílio de especialistas ou até mesmo denunciarem o agressor.
Para Shirley, este apoio é fundamental, pois se não houver tratamento adequado, poderá ocorrer um desgaste não somente na vida do casal, como também no âmbito profissional, entre amigos, dentre outros tipos. “A mulher enfraquecida, devido às críticas, ofensas ou proibições do cônjuge pode se sentir inapta para exercer outras atividades do seu cotidiano e, até mesmo, se fechar para outros relacionamentos amorosos”, conclui Shirley.
Confira aqui matéria que saiu sobre o tema no jornal Tribuna da Bahia.