O bullying nas redes socais
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Set 06, 2017
Hoje, vamos falar sobre um tema que atinge a todos nós, apesar de muitos não perceberem: o cyberbullying. Para quem não sabe, o termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal) e significa todo tipo de violência física ou verbal, que atormenta um grande número de vítimas no Brasil e no mundo, todos os dias. E “cyber” é a forma abreviada da palavra cybernetic, que em português significa coisa ou local que possui grande concentração de tecnologia, como computadores e internet. Ou seja, cyberbullying é o ataque a pessoas dentro das redes socais.
Aqui no Brasil, o bullying nas redes sociais acontece com mais frequência do que a gente imagina. A Intel Security, empresa multinacional de informática focada em soluções de segurança, fez uma pesquisa nacional sobre o tema com 507 crianças e adolescentes de idades entre 8 e 16 anos. A constatação foi que a maioria (66% dos entrevistados) já presenciou casos de agressão nas redes sociais e 21% declararam já terem sido vítimas de cyberbullying. O estudo mostrou ainda que “tirar sarro da aparência de alguém” e “marcar pessoas em fotos vexatórias” foram algumas ações dos entrevistados que admitiram praticar cyberbullying.
O bullying e o cyberbullying podem causar danos físicos e psicológicos para toda a vida, ainda mais se a pessoa for exposta a uma humilhação coletiva de grande proporção. Uma pesquisa feita por Karen Matthews, psiquiatra e professora da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, revelou que além dos prejuízos para a saúde mental, esses ataques criam impacto na saúde física, como obesidade e riscos maiores de doenças cardiovasculares, além de maior propensão ao uso de drogas. Outro estudo americano, do King’s College, mostrou que os prejuízos emocionais e físicos do bullying vivido na infância persistem até pelo menos a sexta década de vida.
Por isso, toda a sociedade deve lutar para combater o bullying e o cyberbullying, principalmente entre as crianças e os jovens. No caso dos ataques realizados nas redes sociais, cabe aos pais ficarem atentos ao comportamento online dos filhos para evitar possíveis agressões e até golpes na internet. Além disso, é crucial evitar que os filhos sejam os autores dessas ofensas. A Intel Security, autora da pesquisa sobre cyberbullying, recomenda que os pais estabeleçam um controle do tempo em que a criança passa na internet e nas mídias sociais, e que conheçam quais são as plataformas sendo frequentadas por eles.