Você pode nunca ter escutado falar na palavra Amaxofobia, mas certamente já deve ter conhecido alguém que, mesmo habilitado, morre de medo de assumir o volante. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina de Trânsito constatou que essa é a realidade de 10% da população brasileira apta para dirigir, o que corresponde a 2 milhões de pessoas em todo o país. As mulheres, 85%, e pessoas que têm de 30 e 45 anos são as que mais sofrem com esse tipo de fobia.
O pânico do volante, de acordo com a psicanalista e diretora do NitidaMente Instituto, Shirley Moraes, é mais comum entre aqueles que sofreram algum acidente de trânsito – ainda que não estivessem no comando da direção. “Essas pessoas tendem a guardar traumas, o que torna mais difícil a retomada das atividades normais”, explica. A pesquisa corrobora com essa a afirmação, já que 40% dos entrevistados notificaram já ter sido vítima de algum acidente.
Mas, também existem aqueles que sofrem do problema logo após tirar a carteira de habilitação. De acordo com a especialista, o medo é normal no iniciante, já que faz parte da descoberta sobre o novo, mas é importante ficar atento ao nível deste receio da direção. “Quando há incapacidade de dirigir, aliado a sintomas psicossomáticos, é interessante dar uma maior atenção ao caso e buscar ajuda de profissionais da área”, aponta Shirley. Alguns desses sintomas são: taquicardia, tremor, sudorese, palpitações, medo de desapontar alguém ou de errar, sensação de paralisia, boca seca, dor de cabeça, tensão muscular, dentre outros.
Dicas de Superação:
- Procure se ambientar ao veículo, antes de dar partida;
- Busque respirar calmamente para diminuir os níveis de ansiedade;
- Caso não se sinta bem, enquanto estiver dirigindo, pare e tente se acalmar antes de seguir viagem;
- Se, ainda assim, não se sentir seguro para dirigir sozinho, tente fazer as primeiras viagens na companhia de um amigo ou pessoa próxima. Um curso para habilitados também pode ajudar no auxílio da autoconfiança;
- Alie todas as dicas anteriores a sessões de terapia, para superar os medos.
A simples notícia de que há um produto em promoção, uma queima de estoque ou venda de itens com avarias podem deixar alguns consumidores de olhos e orelhas em pé. Saldões como a Black Friday, que ocorrerá nas principais lojas físicas e virtuais nesta sexta-feira (25), são momentos perfeitos para economizar dinheiro e comprar tudo mais barato, de uma só vez. O problema é que, quando o consumo ocorre sem necessidade e num ritmo desenfreado, isso pode indicar um problema mais grave: a compulsão.
Segundo a psicanalista e diretora do NitidaMente Instituto, Shirley Moraes, quando uma pessoa passa a comprar para preencher vazios e para se sentir plena, é sinal de perigo. "É como se esses indivíduos buscassem, nestes itens, soluções para aliviar estresse, ansiedade e carências pessoais. Como o consumo normal e o compulsivo se dividem em uma linha muito tênue, é comum que as pessoas não consigam detectar facilmente o problema e demorem a procurar por ajuda", explica a especialista.
Na Black Friday, a atenção deve ser redobrada, já que os descontos tendem a atingir marcas de até 80%. Em meio a esse vendaval de promoções, Shirley dá algumas dicas, como pesquisar bastante os preços dos produtos antes de comprar, verificar se já não há outro item igual ou similar em casa em pleno funcionamento e limitar a quantidade de produtos adquiridos.
Um teste que pode ser útil nessa identificação, de acordo com Shirley, é tentar avaliar se o serviço ou produto é, de fato, necessário naquele momento, além de notar se aquele item era realmente importante ou supérfluo. "Buscar ajuda de terapeutas também é importante para avaliação e tratamento", conclui.
Você já deu bom dia para alguém e o ouviu responder: “só se for para você”?, ou “para mim, ainda deveria ser boa noite”? Pois é, quase todo mundo já teve uma experiência similar, porque o mau humor faz parte do dia a dia de muitas pessoas. Esta não é apenas uma questão de comportamento. Noite mal dormida, ressaca, fome, fator genético, fisiológico, stress, vários outros fatores podem ser causa do mau humor crônico.
É importante, contudo, ficar alerta ao fato de que, se esse “mau humor” que está relacionado, geralmente, com a irritabilidade, pessimismo, agressividade e/ou intolerância, permanece por muito tempo, podendo causar transtornos no âmbito profissional ou mesmo pessoal (pois, muitas vezes, até os familiares e amigos se afastam por não entenderem que este é um pedido de socorro de alguém que não está bem). Quando isso ocorre, pode ser sinal de depressão.
“Depressão?” Você pode perguntar, afirmando em seguida: “mas ele (a) nunca esteve triste!”. Pois é, a depressão não está ligada apenas à tristeza, mas, também, à irritabilidade e outros fatores. O que parece apenas um mau humor crônico, pode ser mais que isso. Segundo o DSM V, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, alguns exemplos de sinais e sintomas do transtorno depressivo persistente, antes conhecido como distimia, são: apetite diminuído ou alimentação em excesso, insônia ou hipersonia, baixa energia ou fadiga, baixa autoestima, concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões, sentimentos de desesperança.
Vale ressaltar que, tanto a tristeza, quanto a irritabilidade, são mecanismos de defesa natural e servem para alertar que algo não está bom, tornando-se patológico apenas quando nos causam os transtornos. Nesse caso, faz-se necessário procurar auxílio profissional psiquiátrico e psicológico. Há pessoas cujo “mau humor” é tamanho que, além de desagradável, a pessoa parece ser insensível. Depois de tantas informações, você pode me perguntar: existe algo que eu possa fazer para driblar o mau humor? E eu digo que sim. Se você tem alguém mau humorado do lado, não se deixe “contaminar”, nem se afaste da pessoa. Escute-a e observe se pode auxiliar com as dicas a seguir, ou sugerindo que ela procure auxílio de um profissional especializado.
Se é você quem tem o mau humor, fique atento às dicas:
1- Durante o dia, pratique “momentos diários” de relaxamento. Você pode tirar três minutinhos para fechar os olhos (não que seja obrigado, mas evita desviar do foco), inspirar e expirar profundamente e visualizar um lugar onde você se sinta seguro, tranquilo, calmo, ou seja, que lhe traga bem-estar;
2- À noite, prepare-se para o dia seguinte: reserve o traje que usará, organize bolsa, carteira, etc;
3- Antes de dormir, sente-se confortavelmente (melhor evitar fazer a atividade deitado, pois você pode dormir antes de concluí-la) e visualize o que e como fará na manhã seguinte. Por exemplo, se vai para o trabalho, visualize-se acordando no horário desejado, realizando as tarefas necessárias em tempo hábil e sentindo-se muito bem com isso;
4- Seja grato. Agradeça pelo dia que passou, pelas experiências e pela possibilidade de ter um novo dia para novas experiências. Programe-se para acordar com tempo suficiente para tomar banho, pois ele é relaxante e pode dar ao cérebro uma informação de grande valia, já que nos primeiros momentos do dia, o comportamento desse órgão é muito mais emocional que racional;
5- Pratique atividade física;
6- Exponha-se ao sol (com a moderação necessária);
7- Evite álcool e/ou drogas, por causa de seus efeitos nos neurotransmissores;
8- Supere o preconceito e procure auxílio do profissional de saúde. Você não precisa se acostumar a viver com o mau humor e aceitar todos os transtornos que ele lhe causa.
Instituído no Brasil pela igreja católica, este é um dia em que as famílias homenageiam seus mortos, quer seja com todo um ritual de limpeza de túmulos, velas, flores, etc., quer seja com preces, pensamentos direcionados, ou outras ações condizentes com a crença religiosa de cada sujeito.
Esse é um momento melancólico para muitos que retomam, com mais intensidade, as lembranças sobre o ente querido que se foi. Se o luto foi bem elaborado, as lembranças são saudáveis, pois se tornam fonte de contato com a realidade de uma vida que segue, apesar da saudade da pessoa que morreu, uma vez que esta, agora, ocupa um novo lugar neste contexto.
Mesmo sendo um processo natural, o luto é um período de ebulição de emoções e sentimentos, como a tristeza, necessidade de aprendizado e de ressignificação de uma vida que, a partir de então, sofrerá alterações. Toda perda pressupõe mudanças. Vale lembrar que estas, geralmente, transcendem as questões psicológicas envolvendo, ainda, fatores de ordem econômica e social. Esse, em si, deve ser um período egocêntrico, onde o enlutado tenha a oportunidade de reconhecer suas emoções e sentimentos, como tristeza, raiva, medo, etc., e, como dito anteriormente, adaptar-se à nova realidade.
Inicialmente, a negação é natural, algumas pessoas encontram, como recurso inicial, “fingir que nada aconteceu” e, somente após algum tempo, “cai na real”, percebendo que se faz necessário o enfrentamento da nova realidade.
O vínculo entre a pessoa que sofreu a perda e o morto é algo que particulariza ainda mais o luto, pois quanto maior a ligação entre ambos, maior a necessidade de se aprender a conviver com a falta, o vazio que, com o tempo, transforma-se em saudade. Tempo, esse, que pode ser o melhor amigo ou o pior inimigo do enlutado, a depender de como seja elaborado o significado dessa perda.
O meio e a crença do sujeito são fatores que influenciam no processo do luto. Seja qual for o recurso utilizado pelo enlutado para adaptar-se à nova realidade (“brigar com Deus” porque levou o ente querido cedo demais, apesar da idade; falar sobre o morto ou sua morte, com frequência; ou, mesmo, buscar conforto na religião e suas crenças, dentre outros), será válido se o faz superar os desafios dessa perda.
Antigamente, as famílias passavam um ano de luto, com inúmeras restrições. Hoje, por exemplo, uma mãe trabalhadora que perde um filho, ou um esposo, são dados apenas sete dias de afastamento por óbito de seu ente querido. Isso, sem falar no fato de que, se ela sai sem se maquiar, “precisa reagir” e, se sai maquiada, nem sentiu a morte do familiar.
De maneira antagônica, é possível observar que a sociedade contemporânea tem a tendência de querer expor felicidade e bem-estar. As pessoas “não podem” sentir tristeza, precisam superar os desafios e observar apenas o lado positivo dos fatos.
Pensar em avaliar as intempéries que terão que enfrentar, admitir que terão momentos difíceis de adaptação, ou reconhecer que estão machucados, nem pensar, porque a ordem é: Fique bem! Supere logo, você está em foco!
Acolher o que se sente, analisar os desafios e superar as dificuldades, reconhecendo-as, e aceitando que essa é uma fase de preparação para um novo começo, é importante para que seja findado, com sucesso, o período de luto, haja vista que, se mal elaborado, ele pode, depois de um tempo, causar depressão, ansiedade, síndrome do pânico, etc.
Assim sendo, seja no Dia de Finados, ou em qualquer outro dia do ano, o fato de homenagear seus mortos; de entrar em contato com eles, seja pela visita ao cemitério, ou pelo pensamento, e de dar a eles o seu lugar na vida pós luto, possibilita ao sujeito uma experiência que faz bem à sua saúde psicológica e, consequentemente, física, garantindo que este dia proporcione um contato sereno (emocionante, mas sereno) com o morto que vive no enlutado.
Por Van Marchetti
Hoje quero falar sobre liderança. Mas não a liderança cargo, porque ser líder não é ocupar um cargo dentro da empresa. Ser líder é um estado de espírito. Quem é líder "é", quem ocupa um cargo "está".
Tenho duas notícias: uma boa e outra ruim. A ruim é que se você está com problemas para que suas ordens sejam acatadas por sua equipe, você não "está" sendo um bom líder. A boa notícia é que isso pode ser trabalhado e desenvolvido: basta você querer dar o primeiro passo.
Por isso, quero te dar algumas dicas que farão toda diferença em sua liderança. Vamos lá?
Dê sugestões ao invés de ordens:
Você está com problemas para que suas ordens sejam acatadas? Poxa, mas esse já é o problema. As pessoas não gostam de receber ordens. Aí você me pergunta "mas eu sou chefe, tenho que dar ordens e elas precisam ser cumpridas!". Ok, eu concordo com você, existe um cargo a ser honrado. Mas para que esse mesmo cargo tenha um sucesso sustentável, você precisa ser o espírito desse cargo, e não apenas estar nesta função. Mas como? Vamos começar com uma simples atitude: ao invés de dar ordens, procure dar sugestões. Por exemplo, ao invés de dizer "Faça esse relatório. Quero impresso em minha mesa até às 11 horas", diga "Preciso muito de sua ajuda agora! Sei que já são 9 horas e preciso do relatório até às 11 horas para uma reunião. Você consegue prepará-lo para mim?". Você tem dúvidas de que a aceitação da "ordem" será bem diferente ?
Quando dadas na forma de perguntas, permitimos que as ordens sejam mais aceitáveis. Precisamos aprender a nos conectar com as pessoas para obter o melhor resultado. É fundamental não nos concentrarmos apenas em nossos resultados, mas no resultado do grupo. Fazer parte do desenvolvimento das pessoas é gratificante e nos faz crescer como líderes – tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Deixar que as pessoas façam "por vontade própria" lhes dá sensação de importância e a satisfação de fazer parte de algo maior. Alimenta o espírito de cooperação ao invés de revolta. A sensação de ser parte da situação permite que as pessoas compreendam seus erros e facilita a aceitação e correção dos mesmos.
Estimule as pessoas para o sucesso:
Envolva toda a equipe na resolução dos problemas. É péssimo ver um líder que diz "o fracasso foi nosso, mas o sucesso só meu". É péssimo também ver aquele líder egocêntrico, que sabe tudo, que resolve tudo "sozinho". Envolver a equipe na resolução dos problemas faz com que cada membro sinta-se envolvido de verdade, comprometido e, dessa maneira, mais estimulado a produzir, otimizar e solucionar.
Elogie e estimule ao invés de censurar e condenar:
Erros acontecem. Fazem parte do aprendizado. Mas não é porque seu colaborador errou que você precisa xingar, humilhar, mostrar quão errado ele foi. Sente com essa pessoa e descubra por que aquele erro foi cometido. Dessa maneira, você estará ensinando a nunca mais cometer o mesmo erro e, ao mesmo tempo, entendendo porque determinada atitude foi tomada. Estimule esse colaborador a continuar tendo ideias e iniciativas, mas peça que da próxima vez ele o consulte antes de agir.
Sobre essa atitude na liderança, acho incrível uma frase de B. F. Skinner, que diz "quando se diminui a crítica e se enfatiza o elogio, as coisas boas que as pessoas fazem recebem reforço e as coisas más são atrofiadas por falta de atenção".
Elogie mesmo os menores progressos:
Muitos líderes esperam grandes acontecimentos para parabenizar sua equipe. Mas não é assim que funciona! Elogie, vibre, parabenize a equipe por todo resultado positivo, desde a otimização de uma simples tarefa até uma super iniciativa de redução de custos. Pequenos estímulos fazem com que a equipe sinta-se mais confiante e cada vez mais empenhada em mostrar resultados positivos. Todos nós gostamos de ser elogiados, não é mesmo?
No entanto, seja específico e sincero em seus elogios. Aponte aquilo que te satisfez e do seu jeito – não queira ser o "Líder simpatia" se esse não é o seu perfil, mas também não sinta-se tolhido se no dia a dia for expansivo. Não deixe que os elogios pareçam bajulação pois, dessa maneira, começará a ser simplesmente ignorado.
O ser humano vive dentro de seus limites (William James):
Por último, e não menos importante, lembre-se que cada pessoa é única, tem suas qualidades, defeitos e limites. Se você, como líder, reparar que um colaborador não se sai bem em determinada tarefa por diversas vezes, troque o mesmo de lugar. Aptidões devem ser estimuladas. As vezes um colaborador excelente em planilhas, pode ser péssimo em relatórios. Ou aquele que não consegue se apresentar em público, faz as melhores apresentações possíveis em PPT.
Enfim, meus amigos, qualquer um pode estar líder, mas nem todos podem ser líderes. Desenvolva sua equipe. Conquiste as pessoas. Seja admirado e copiado e, dessa maneira, exerça com perfeição a palavra liderança!
Van Marchetti - Consultora, palestrante, facilitadora e instrutora de treinamentos corporativos e individuais. Diretora da Attitude Plan – Consultoria e Treinamento Empresarial. Ministra treinamentos nas áreas de oratória, liderança, administração de conflitos, integração de equipes, técnicas de apresentação e comunicação e relacionamento em vendas. Professora de pós-graduação, Van também ministra sessões individuais dos temas acima.
A atriz Cléo Pires sofreu uma crise de ansiedade antes de embarcar em um voo internacional. Ela foi impedida de voltar para o Brasil, precisando ficar mais alguns dias em Miami. Por recomendação médica, a artista realizou uma bateria de exames e teve que ser medicada no local. Apesar da grande repercussão que o caso teve, crises como essa são mais comuns do que se imagina e precisa de cuidados especializados para que não se torne um transtorno crônico, conforme alerta a psicanalista, Shirley Moraes.
Segundo ela, essa é uma das causas que mais tem levado pacientes aos consultórios, devido ao alto grau de estresse e pressão vivida pela população - seja no trabalho, em casa, ou mesmo entre amigos. “As cobranças estão cada vez mais comuns em todas as áreas e as pessoas, por não saberem lidar com isso, acabam somatizando, ou seja, transformando todo o estresse em sintomas físicos”, afirma.
Falta de ar, pressão alta, hipersensibilidade, desrealização e taquicardia são alguns dos mais de 200 sintomas que uma pessoa com transtorno de ansiedade pode ter durante as crises. “O tratamento terapêutico, aliado à atividades físicas, como caminhadas, e, de relaxamento, podem ser úteis e até cruciais para evitar a necessidade do uso de recursos medicamentosos”, esclarece a especialista que dirige o NitidaMente Instituto.
Pânico Total
O medo é algo inerente do ser humano e causa sintomas que servem para alertar sobre um perigo iminente. Os mesmos sintomas são percebidos por pessoas em crises de pânico ou ansiedade, sem, contudo, que estes tenham uma razão explicável ou consistente. Para a especialista, como muitas pessoas não sabem o que está ocorrendo, elas acreditam que estejam morrendo e, por isso, correm para as emergências em busca de atendimento.
É nesse momento que a terapia se torna crucial. “Nos atendimentos, o paciente passa por uma fase de autoconhecimento, consegue identificar as causas e aliviar os desgastes que estão ocasionando as crises de ansiedade. Por isso, é fundamental buscar ajuda de um especialista”, conclui Shirley Moraes.
Em setembro, a Lei que dispõe sobre a Defesa do Direito do Consumidor completou 26 anos de vigência. Mas, embora o grau de conscientização da população sobre aquisição de produtos e serviços tenha crescido nos últimos anos, de acordo com o Indicador de Consumo Consciente (ICC) do SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o brasileiro ainda não atingiu a meta estimada – superior a 80%. O consumo desenfreado, em algumas circunstâncias, pode ser considerado doença, conforme esclarece psicanalista e diretora do Nitidamente Instituto, Shirley Moraes.
De acordo com ela, quando a pessoa passa a comprar para preencher vazios e para se sentir plena, é sinal de que algo pode não estar indo tão bem assim. “É como se esses indivíduos buscassem, nestes itens, soluções para aliviar estresse, ansiedade e carências pessoais. Como o consumo normal e o compulsivo se divide em uma linha muito tênue, é comum que as pessoas não consigam detectar facilmente o problema e demorem a procurar por ajuda”, explica a especialista.
Um teste que pode ser útil nessa identificação, de acordo com Shirley, é tentar avaliar se o serviço ou produto é, de fato, necessário naquele momento. O consumidor pode aguardar de 24 a 48 horas, antes de efetivar a compra – tempo suficiente para notar se aquele item era realmente importante ou supérfluo. “Buscar ajuda de terapeutas também é importante para avaliação e tratamento”, afirma.
Tempo de Transição
O Indicador de Consumo Consciente (ICC) aumentou 69,3%, de 2015 para 2016. Atualmente, o brasileiro está em fase de transição, que vai de 60 a 80%. “O consumidor brasileiro ainda possui desempenho abaixo do que é considerado ideal, representando um consumidor em transição. Assim como em 2015, os entrevistados associam mais frequentemente o consumo consciente com atitudes relacionadas apenas a aspectos financeiros, ficando em um segundo plano as esferas ambientais e sociais”, explicou Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Competitividade tende a ser acentuada em Salvador, já que a capital baiana foi a segunda maior em taxa de desocupação de acordo com IBGE
Na caminhada em busca de uma boa colocação no mercado de trabalho, muitos brasileiros acabam escorregando no quesito ‘entrevista de emprego’. Insegurança, receio e timidez são alguns dos motivos para que as habilidades profissionais e o currículo do candidato sejam suprimidos em meio a uma seleção, conforme esclarece a psicanalista, Shirley Moraes.
De acordo com ela, o problema se torna ainda maior neste período de crise econômica, em que a competitividade ganha mais proporções e pequenos detalhes podem ser cruciais na escolha de um concorrente. Dados sobre o número de pessoas que perderam emprego, no segundo trimestre deste ano, corroboram para essa análise. Isso significa que a disputa só tende a aumentar.
Em última pesquisa realizada pelo IBGE, o índice de desemprego atingiu 17,6% em Salvador, contra 11,3%, em todo o país. “Em meio ao cenário, é fundamental que o profissional esteja preparado, não só fisicamente, como, também, psicologicamente para as entrevistas. A postura, linguagem, organização das ideias e expressão corporal contam muito e podem ser decisivos durante uma seleção”, explica a psicanalista.
Marketing Pessoal
Para trabalhar a gestão emocional nesses profissionais, bem como explorar o poder do marketing pessoal, como uma poderosa ferramenta de “venda” positiva da imagem, será realizado, na capital baiana, nos dias 15 de 16 de outubro, o Curso de Oratória ministrado pelos experts na área: Van Marchetti, Coaching de Comunicação e Professora de Oratória, com mais de 18 anos de experiência profissional nas áreas de executiva em vendas, marketing, comunicação e liderança de equipes; e Abrahão Carvalho, master em hipnoterapia, practitioner em PNL e integrante da Storydesigner na SBAP - Sociedade Brasileira de Apresentações Profissionais.
Serão abordados temas como perdendo a timidez, o medo e a ansiedade, como falar em público com segurança e naturalidade, como transmitir uma mensagem persuasiva, expressão corporal, dentre outros. O curso tem carga horária de 16h e ocorrerá, das 8h às 17h30, no NitidaMente Instituto - CEO Salvador Shopping, sala 2404, Torre Londres. As inscrições podem ser feitas através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelos telefones (71) 4101-2016 / 98519-2326 (WhatsApp).
A pista dada por Sigmund Freud (1856-1939) no livro “A intepretação dos sonhos", de 1899, de que “os sonhos são a estrada real para o inconsciente”, chave para a Psicanálise, também pode ser útil na Psiquiatria, no diagnóstico clínico de transtornos mentais, como a esquizofrenia e a bipolaridade, entre outras.
A constatação é de um grupo de pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em colaboração com colegas do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática (Neuromat) – um dos CEPIDs da FAPESP.
Eles desenvolveram uma técnica de análise matemática de relatos de sonhos que poderá, no futuro, auxiliar no diagnóstico de psicoses.
A técnica foi descrita em um artigo publicado em janeiro na Scientific Reports, revista de acesso aberto do grupo Nature.
“A ideia é que a técnica, relativamente simples e barata, seja utilizada como ferramenta para auxiliar os psiquiatras no diagnóstico clínico de pacientes com transtornos mentais de forma mais precisa”, disse Mauro Copelli, professor da UFPE e um dos autores do estudo, à Agência FAPESP.
De acordo com Copelli – que realizou mestrado e doutorado parcialmente com Bolsa da FAPESP –, apesar dos esforços seculares para aumentar a precisão da classificação dos transtornos mentais, o atual método de diagnóstico de psicoses tem sido duramente criticado.
Isso porque ele ainda peca pela falta de objetividade e pelo fato de a maioria dos transtornos mentais não contar com biomarcadores (indicadores biométricos) capazes de auxiliar os psiquiatras a diagnosticá-los com maior exatidão.
Além disso, pacientes com esquizofrenia ou transtorno bipolar muitas vezes apresentam sintomas psicóticos comuns, como alucinações, delírios, hiperatividade e comportamento agressivo – o que pode comprometer a precisão do diagnóstico.
“O diagnóstico dos sintomas psicóticos é altamente subjetivo”, afirmou Copelli. “Por isso mesmo, a última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais [publicado pela Associação Americana de Psiquiatria em 2013] foi muito atacada”, avaliou.
A fim de desenvolver um método quantitativo para avaliar sintomas psiquiátricos, os pesquisadores gravaram, com o consentimento dos envolvidos, os relatos dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de psiquiatria de um hospital público em Natal (RN).
Alguns dos pacientes já tinham recebido o diagnóstico de esquizofrenia, outros de bipolaridade e os demais, que formaram o grupo de controle, não apresentavam sintomas de transtornos mentais.
Os relatos dos sonhos dos pacientes, feitos à psiquiatra Natália Bezerra Mota, doutoranda na UFRN e primeira autora do estudo, foram transcritos.
As frases dos discursos dos pacientes foram transformadas por um software desenvolvido por pesquisadores do Instituto do Cérebro em grafos – estruturas matemáticas similares a diagramas nas quais cada palavra dita pelo paciente foi representada por um ponto ou nó, como o feito em uma linha de crochê.
Ao analisar os grafos dos relatos dos sonhos dos três grupos de pacientes os pesquisadores observaram que há diferenças muito claras entre eles.
O tamanho, em termos de quantidade de arestas ou links, e a conectividade (relação) entre os nós dos grafos dos pacientes diagnosticados com esquizofrenia, bipolaridade ou sem transtornos mentais apresentaram variações, afirmaram os pesquisadores.
“Os pacientes com esquizofrenia, por exemplo, fazem relatos que, quando representados por grafos, possuem menos ligações do que os demais grupos de pacientes”, disse Mota.
Diferenças de discursos
Segundo os pesquisadores, a diferenciação de pacientes a partir da análise dos grafos de relatos dos sonhos foi possível porque suas características de fala também são bastante diversificadas.
Os pacientes esquizofrênicos costumam falar de forma lacônica e com pouca digressão (desvio de assunto) – o que explica por que a conectividade e a quantidade de arestas dos grafos de seus relatos são menores em comparação às dos bipolares.
Por sua vez, pacientes com transtorno bipolar tendem a apresentar um sintoma oposto ao da digressão, chamado logorreia ou verborragia, falando atabalhoadamente frases sem sentido – chamado na Psiquiatria de “fuga de ideias”.
“Encontramos uma correlação importante dessas medidas feitas por meio das análises dos grafos com os sintomas negativos e cognitivos medidos por escalas psicométricas utilizadas na prática clínica da Psiquiatria”, afirmou Mota.
Ao transformar essas características marcantes de fala dos pacientes em grafos é possível dar origem a um classificador computacional capaz de auxiliar os psiquiatras no diagnóstico de transtornos mentais, indicou Copelli.
“Todas as ocorrências no discurso dos pacientes com transtornos mentais que no grafo têm um significado aparentemente geométrico podem ser quantificadas matematicamente e ajudar a classificar se um paciente é esquizofrênico ou bipolar, com uma taxa de sucesso comparável ou até mesmo melhor do que as escalas psiquiátricas subjetivas utilizadas para essa finalidade”, avaliou.
O objetivo dos pesquisadores é avaliar um maior número de pacientes e calibrar o algoritmo (sequência de comandos) do software desenvolvido para transformar os relatos dos sonhos em grafos que possam ser usados em larga escala na prática clínica de Psiquiatria.
Apesar de utilizada inicialmente para o diagnóstico de psicoses, a técnica poderá ser expandida para diversas outras finalidades, contou Mota.
“Ela poderá ser utilizada, por exemplo, para buscar mais informações sobre estrutura de linguagem aplicadas à análise de relatos de pessoas não apenas com sintomas psicóticos, mas também em diferentes situações de declínio cognitivo, como demência, ou em ascensão, como durante o aprendizado e o desenvolvimento da fala e escrita”, indicou a pesquisadora.
Papel dos sonhos
Os pesquisadores também desenvolveram e analisaram, durante o estudo, os grafos de relatos sobre atividades realizadas pelos pacientes voluntários na véspera do sonho.
Os grafos desses relatos do dia a dia, chamados de “relatos de vigília”, não foram tão indicativos do tipo de transtorno mental sofrido pelo paciente como outros, disse Copelli.
“Conseguimos distinguir esquizofrênicos dos demais grupos usando a análise dos grafos dos relatos de vigília, mas não conseguimos distinguir bem os bipolares do grupo de controle dessa forma”, contou.
Os pesquisadores ainda não sabem por que os grafos dos discursos sobre o sonho são mais informativos sobre psicose do que os grafos da vigília.
Algumas hipóteses esmiuçadas na pesquisa de doutorado de Mota estão relacionadas a mecanismos fisiológicos de formação de memória.
“Acreditamos que, por serem memórias mais transitórias, os sonhos podem ser mais demandantes cognitivamente e ter maior impacto afetivo do que as memórias relacionadas ao cotidiano, e isso pode tornar seus relatos mais complexos”, contou a pesquisadora.
“Outra hipótese é que o sonho está relacionado a um evento vivenciado exclusivamente por uma pessoa, sem ser compartilhado com outras, e por isso talvez seja mais complexo de ser explicado do que uma atividade relacionada ao cotidiano”, disse.
Para testar essas hipóteses, os pesquisadores pretendem ampliar a coleta de dados aplicando questionários em pacientes com registro de primeiro surto psicótico, com o objetivo de esclarecer se outros tipos de relatos, como de memórias antigas, podem se equiparar ao sonho em termos de informação psiquiátrica. Eles também querem verificar se podem usar o método para identificar sinais ou grupo de sintomas (pródromo) e acompanhar efeitos de medicações.
“Pretendemos investigar em laboratório, com eletroencefalografia de alta densidade e diversas técnicas de mensuração de distâncias semânticas e análise de estrutura de grafos, de que forma os estímulos recebidos imediatamente antes de dormir influenciam os relatos de sonhos produzidos ao despertar”, disse Sidarta Ribeiro, pesquisador do Instituto do Cérebro da UFRN.
“Estamos particularmente interessados nos efeitos distintos de imagens com valor afetivo”, afirmou Ribeiro, que também é pesquisador associado do Neuromat.
Fonte: EXAME
Por Van Marchetti
Hoje quero falar sobre liderança. Mas não a liderança cargo, porque ser líder não é ocupar um cargo dentro da empresa. Ser líder é um estado de espírito. Quem é líder "é", quem ocupa um cargo "está".
Tenho duas notícias: uma boa e outra ruim. A ruim é que se você está com problemas para que suas ordens sejam acatadas por sua equipe, você não "está" sendo um bom líder. A boa notícia é que isso pode ser trabalhado e desenvolvido: basta você querer dar o primeiro passo.
Por isso, quero te dar algumas dicas que farão toda diferença em sua liderança. Vamos lá?
Dê sugestões ao invés de ordens:
Você está com problemas para que suas ordens sejam acatadas? Poxa, mas esse já é o problema. As pessoas não gostam de receber ordens. Aí você me pergunta "mas eu sou chefe, tenho que dar ordens e elas precisam ser cumpridas!". Ok, eu concordo com você, existe um cargo a ser honrado. Mas para que esse mesmo cargo tenha um sucesso sustentável, você precisa ser o espírito desse cargo, e não apenas estar nesta função. Mas como? Vamos começar com uma simples atitude: ao invés de dar ordens, procure dar sugestões. Por exemplo, ao invés de dizer "Faça esse relatório. Quero impresso em minha mesa até às 11 horas", diga "Preciso muito de sua ajuda agora! Sei que já são 9 horas e preciso do relatório até às 11 horas para uma reunião. Você consegue prepará-lo para mim?". Você tem dúvidas de que a aceitação da "ordem" será bem diferente ?
Quando dadas na forma de perguntas, permitimos que as ordens sejam mais aceitáveis. Precisamos aprender a nos conectar com as pessoas para obter o melhor resultado. É fundamental não nos concentrarmos apenas em nossos resultados, mas no resultado do grupo. Fazer parte do desenvolvimento das pessoas é gratificante e nos faz crescer como líderes – tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Deixar que as pessoas façam "por vontade própria" lhes dá sensação de importância e a satisfação de fazer parte de algo maior. Alimenta o espírito de cooperação ao invés de revolta. A sensação de ser parte da situação permite que as pessoas compreendam seus erros e facilita a aceitação e correção dos mesmos.
Estimule as pessoas para o sucesso:
Envolva toda a equipe na resolução dos problemas. É péssimo ver um líder que diz "o fracasso foi nosso, mas o sucesso só meu". É péssimo também ver aquele líder egocêntrico, que sabe tudo, que resolve tudo "sozinho". Envolver a equipe na resolução dos problemas faz com que cada membro sinta-se envolvido de verdade, comprometido e, dessa maneira, mais estimulado a produzir, otimizar e solucionar.
Elogie e estimule ao invés de censurar e condenar:
Erros acontecem. Fazem parte do aprendizado. Mas não é porque seu colaborador errou que você precisa xingar, humilhar, mostrar quão errado ele foi. Sente com essa pessoa e descubra por que aquele erro foi cometido. Dessa maneira, você estará ensinando a nunca mais cometer o mesmo erro e, ao mesmo tempo, entendendo porque determinada atitude foi tomada. Estimule esse colaborador a continuar tendo ideias e iniciativas, mas peça que da próxima vez ele o consulte antes de agir.
Sobre essa atitude na liderança, acho incrível uma frase de B. F. Skinner, que diz "quando se diminui a crítica e se enfatiza o elogio, as coisas boas que as pessoas fazem recebem reforço e as coisas más são atrofiadas por falta de atenção".
Elogie mesmo os menores progressos:
Muitos líderes esperam grandes acontecimentos para parabenizar sua equipe. Mas não é assim que funciona! Elogie, vibre, parabenize a equipe por todo resultado positivo, desde a otimização de uma simples tarefa até uma super iniciativa de redução de custos. Pequenos estímulos fazem com que a equipe sinta-se mais confiante e cada vez mais empenhada em mostrar resultados positivos. Todos nós gostamos de ser elogiados, não é mesmo?
No entanto, seja específico e sincero em seus elogios. Aponte aquilo que te satisfez e do seu jeito – não queira ser o "Líder simpatia" se esse não é o seu perfil, mas também não sinta-se tolhido se no dia a dia for expansivo. Não deixe que os elogios pareçam bajulação pois, dessa maneira, começará a ser simplesmente ignorado.
O ser humano vive dentro de seus limites (William James):
Por último, e não menos importante, lembre-se que cada pessoa é única, tem suas qualidades, defeitos e limites. Se você, como líder, reparar que um colaborador não se sai bem em determinada tarefa por diversas vezes, troque o mesmo de lugar. Aptidões devem ser estimuladas. As vezes um colaborador excelente em planilhas, pode ser péssimo em relatórios. Ou aquele que não consegue se apresentar em público, faz as melhores apresentações possíveis em PPT.
Enfim, meus amigos, qualquer um pode estar líder, mas nem todos podem ser líderes. Desenvolva sua equipe. Conquiste as pessoas. Seja admirado e copiado e, dessa maneira, exerça com perfeição a palavra liderança!
Van Marchetti - Consultora, palestrante, facilitadora e instrutora de treinamentos corporativos e individuais. Diretora da Attitude Plan – Consultoria e Treinamento Empresarial. Ministra treinamentos nas áreas de oratória, liderança, administração de conflitos, integração de equipes, técnicas de apresentação e comunicação e relacionamento em vendas. Professora de pós-graduação, Van também ministra sessões individuais dos temas acima.
E se as equipas de cirurgias passarem a contar com especialistas em hipnose? O conceito já começou a ser experimentado no Centro Hospitalar Universitário de Tours, França, durante cirurgias a doentes com tumores cerebrais. A equipa de cirurgia local usou técnicas de hipnose em 43 cirurgias realizadas em 37 pacientes – e apenas dois desses pacientes disseram que, se tiverem de ser operados outra vez, preferem a anestesia geral, refere um artigo publicado no jornal Neurosurgery.
As cirurgias ao cérebro costumam ser compostas por três momentos: um primeiro em que o doente está sob efeito da cirurgia geral e que prevê o corte de pele e do osso; um segundo em que o doente é acordado para que o médico possa fazer a intervenção e limitar eventuais danos colaterais durante a extração do tumor; e por fim, um terceiro momento em que o doente é colocado outra vez sob anestesia geral para que o médico possa “fechar” a abertura da cirurgia.
Através de uma técnica batizada de hipnosedação, os médicos substituíram a anestesia geral por sessões de hipnose que começam a ser preparadas algumas semanas antes da operação. A Ars Technica revela ainda que pouco antes da cirurgia, os doentes são instruídos para que imaginem um cenário alegre em que é possível manter a consciência afastada a alguns centímetros do corpo. Durante a cirurgia o hipnotizador também pode dar instruções em consonância com as intervenções que são feitas pelos médicos – e desse modo poderá poupar os doentes aos ruídos ou vibrações causadas pela aplicação dos diferentes instrumentos na massa encefálica.
A hipnosedação apenas substitui a anestesia geral. Os doentes continuam a tomar analgésicos e sedativos que evitam a sensação de dor durante a cirurgia. Apesar de não dispensar o recurso a fármacos na totalidade, esta nova técnica tem a vantagem de tornar as cirurgias mais rápidas (não é necessário esperar que os doentes despertem) e de facilitar o controlo dos sinais vitais do doente.
Ainda é cedo para augurar a ascensão da hipnosedação ao estatuto de especialidade clínica: os cirurgiões do hospital de Tours não apuraram resultados que possam ser comparados com os doentes que foram submetidos a anestesias gerais – e por isso é difícil saber quais as vantagens que o uso da hipnose pode ter em cenário de cirurgia. Além disso, há a questão da adaptação ao indivíduo: a hipnose exige longos períodos de preparação e treinos – e todas essas sessões têm em conta os gostos e preferências de cada doente.
No vídeo que se encontra integrado nesta página pode ver uma cirurgia que recorre a hipnosedação. Não aconselhável a pessoas mais suscetíveis.
Fonte: Exame Informática
Médicos, dentistas, fisioterapeutas e demais profissionais, que tratam de pacientes com dor ou medo de realizar procedimentos clínicos, já podem se inscrever para participar do curso de Hipnose Prática, ministrado entre os dias 24 e 25 de setembro, em Salvador. O objetivo é capacitar os participantes a induções rápidas de hipnose, possibilitando alternativas para tratamentos clínicos e terapêuticos.
Apesar de o tema ser desconhecido e, até mesmo considerado polêmico por algumas pessoas, a hipnose nada mais é do que um estado alterado de consciência, em que o paciente encontra-se em relaxamento profundo, com o senso crítico afastado e uma "superconcentração" em um único foco, de maneira natural ou induzida por um profissional.
“Quando o processo é conduzido por um hipnotizador, ele induz e aprofunda o transe e, em seguida, faz sugestões hipnóticas ou pós-hipnóticas (uma indução pós-hipnótica, por exemplo, pode ser a preferência por alimentos saudáveis, durante as refeições), conduções para regressão, dentre outros, a depender da técnica escolhida, utilizando, assim, este recurso para o acesso direto ao inconsciente”, afirma Shirley Moraes, diretora do NitidaMente Instituto, onde será realizado o evento.
Sobre o Curso
Não são apenas as pessoas da área de saúde que podem participar do curso de Hipnose Prática. Profissionais de outras especialidades, como advogados, e interessados pela temática também podem se inscrever. A capacitação será ministrada pelo membro da International Hypnosis Association, José Elísio. Durante os dois dias, ele vai ensinar técnicas de aplicação da hipnose, de indução rápida e instantânea, aprofundamento do transe, sugestões hipnóticas terapêuticas, dentre outros assuntos.
O curso tem carga-horária de 18h e ocorrerá, no sábado (24.09) e domingo (25.09), das 8h às 17h30, no NitidaMente Instituto - CEO Salvador Shopping, sala 2404, Torre Londres. As inscrições podem ser feitas através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelos telefones (71) 4101-2016 / 98519-2326 (Whatsapp).